Projetar na Antártica, ambiente tão inóspito e distante da nossa corriqueira realidade humana é, para qualquer arquiteto, um exercício de inestimável desafio. Neste incomum ato projetual, devemos, antes de pensar o edifício e suas características programáticas, entender a real dimensão do ambiente Antártico. Cabe ao arquiteto compreender que o ser humano, naquele local tão poderoso, deve portar-se de maneira coadjuvante e, em hipótese alguma, ousar sobrepujar-se à força natural daquele sítio - uma vez que tal tentativa seria não apenas inapropriada, mas humanamente impossível.
Isto posto, o que mais importou considerar em nossa proposta de projeto, não foi a ação desmedida de construir e ocupar, mas a preocupação em respeitar o mundo polar, compreender a natureza na sua plenitude, mimetizar-se na paisagem e, por fim, vencer o desafio de construir sem se mostrar presente.
Designing in Antarctica, an environment so inhospitable and distant from our everyday human reality, is an exercise of immense challenge for any architect. In this unusual design endeavor, we must, before contemplating the building and its programmatic characteristics, understand the true scale of the Antarctic environment. It is the architect's duty to recognize that in such a powerful location, humans must take a secondary role and under no circumstances attempt to overpower the natural forces of the site—such an attempt would be not only inappropriate but humanly impossible.
Therefore, the primary consideration in our project proposal was not the unrestrained act of constructing and occupying, but the concern to respect the polar world, to comprehend nature in its entirety, to blend into the landscape, and ultimately, to meet the challenge of building without making our presence overtly felt.